16 de abril de 2010

banguelo

parou, ele, o tempo. era tão velho, tão lento que até os pingos de chuva caíam lentos. poças d'água tremeluziam aos pingos e à luz amarelada dos postes.
enconstou-se na mesa do bar e tentou fechar o guarda-chuvas. pobre velho. tão velho, tão lento que levaria uma eternidade pra fechar.
Abriu um sorriso banguelo. um olhar de ternura. era um velho bonzinho e velhos pobres bonzinhos geralmente abrem sorrisos banguelos.
fechou o garda-chuvas. glória.

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