16 de fevereiro de 2010

pipoca (impressões de um quase turista no carnaval de Salvador)

Água, dois reais. Murro na cara, não tem preço. Tum, tum, tum, é chicletão que tá passando. Empurra, empurra, sai de baixo que a madeira vai descer. Madeira desceu. Pou, pou, pou. Acho que doeu. Os barulhos se confundem. Tá apertado. Alguém pisou no meu pé. Colé meu irmão, você é maluco é? - griou um homem feio e fedorento. Beijo na boca. Latão skol dois reais. Beco da ondina, ou beco da fuleragem. Segundo alguns, é lá que rola a putaria. Beija, beija, beija. Empurra, agarra, solta, esfrega. Vai, vai, vai. O grave do trio treme o corpo. Suor. Calor. Tira o pé do chão. "Eu sou o lobo mau, vou te comer". Venha mainha! Quem vem aí? É timbalada. Tá rolando brother. Não fique aí não que é esparro. É aqui que a porra vai inchar! Não solta minha mão! Ai, o menino puxou meu cabelo. Lá vem os homi véi. Os cara tão batendo com cacetete de madeira. Segura aí brother. Chuva de cerveja. Você viu aquela mulher ali véi, que gostosa?! Rapa, é só chegar e dá a idéia, uma idéia forte. Tem que garrar meu irmão! Tá vacilando é? Sai do chão, tum, tum tum, tá rá tá tá, tá rá tá tá. Eu sou o lobo mau, au au.

2 comentários:

Anônimo disse...

auhdhsa que merda é isso

(MAIS É VERDADE AHDUASHDUAS)

SÓ SEI QUE FOI ASSIM

Lola disse...

meu deus do céu. poderia haver melhor descrição que essa?! que má-xi-mo!