3 de março de 2008

O mundo, o homem e o macaco

Hoje, senti vontade der elevar meu pensamento ao transcendental. De esquecer que vivemos numa sociedade consumista cheia de comerciais das Casas Bahia. Hoje, quis esquecer do dinheiro (como meio de pagamento), dos engarrafamentos, de meu chefe, das provas da faculdade, do preço do barril de petróleo, da alta do dólar, do preço do leite, do desgelo das calotas polares, de todos os filmes assistidos que não prestaram, dos amigos falsos, da falta de dinheiro, de todos os políticos, dos avisos de cobrança pelos quais hoje pagamos, da internet lerda, da fila nos bancos e supermercados, das questões éticas sobre célula tronco, aborto, prostituição e maconha, dos cartões de créditos estourados, dos pratos sujos, do dvd alugado e arranhado, do som alto e estridente do vizinho nas manhãs de domingo, da alta dos juros, do celular sem crédito, dos ônibus lotados, do iogurte vencido, do caos aéreo, das tvs lcds da Sony que não posso comprar, da minha miopia, das muriçocas, dos agrotóxicos, dos vírus da internet, do regime talibã, da matança na Faixa de Gaza, da corrupção no Congresso Nacional Brasileiro (que belo nome), do fome zero e do espetáculo do crescimento. Enfim, resolvi pensar em algo transcendental, o que poderia significar saber quantos pingos de água caem por segundo em minha cabeça enquanto tomo banho, ou: se o homem veio do macaco, onde foi parar o rabo?

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