nasci na ucrânia em 1901, filho de um operário e de uma atriz polonesa em decadência
aos 14 anos fui varrido para a Inglaterra, para trabalhar na indústria têxtil
aos 18, fui morar na Alemanha porque tinha interesse em comprar um fusca
participei da I guerra mundial. efetuei algumas baixas
aos 42 fui confundido com judeu e quase fui parar num campo de concentração
me deportei para New York, onde escrevi um livro sobre o terror nazista
aos cinquenta anos, ensinava nas principais universidades americanas
dei palestras around the world onde ensinei às pessoas a serem felizes
pouco tempo depois, comprei um notebook e fui morar nas montanhas.
aos 60 anos, comprei um balão e dei 3 voltas ao redor do planeta
numa dessas viajens, tive a oportunide de entrar em contato com extra- terrestres e de contribuir com o desenvolvimento da tecnologia aero espacial
passei 10 anos no Brasil, onde ensinei aos brasileiros a perder tudo, menos o game
fui protagonista de um filme chamado: no topo das calotas polares, eu sorri
fui um ávido defensor das baleias e tartarugas marinhas
fundei uma ong na amazonia
plantei um pé de eucalipto
em minha tese de doutorado, defendi que a gema do ovo não faz mal à saúde, definitivamente
colaborei com a campanha de Obama porque sou adepto da democracia racial
gosto de andar de bicicleta porque é mais saudável
com 102 anos, construi uma página na internet, coloquei uns videos no youtube e fiquei ainda mais conhecido mundialmente
atualmente moro na China. ainda não descobri porque. não aquero comer escorpião.
26 de julho de 2009
25 de julho de 2009
buy
e eu gostaria apenas de recomendar que comprem flores quando os dias estiverem pálidos, quando as conversas estiverem chatas, quando o download estiver lento, quando a fila parar, quando o beijo não consumir, quando o pc não ligar, quando a resposta demorar, quando a janela não abrir, quando o colchão estiver duro, quando o cartão de crédito estourar, quando a barguilha não fechar, quando tudo aquilo sair de moda, quando o abraço não aquecer, quando a cerveja não gelar, quando o amigo vacilar, quanto tudo embaraçar, quando o seu amor encontrar um outro amor.
compre flores.
compre flores.
23 de julho de 2009
sempre assim, sempre assim
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no smile
A primeira reação quando vi a foto de minha sobrinha Beatriz, de sete anos, no porta retrato que ela colocou hoje no meu quarto foi: "por que você está com essa cara triste bê"? Ela ficou calada. Aí, automaticamente eu perguntei de novo: "oxe, por que você está com essa carinha triste meu anjo?" Ela então respondeu que foi porque estava sem óculos. Mas não foi só isso. Convivo com Beatriz desque que nasceu e um rosto de criança triste numa foto não se confunde.
Duas horas depois eu olho para a mesma foto, e agora com o automático desligado, me pergunto: "porque ela deveria aparentar alegria quando não sentia?". Por que sempre temos que parecer felizes? Por que a expressão de tristeza ou desânimo é tão rejeitada em nossa sociedade?
Pensei em duas hipóteses:
1. devido a um sentimento altruísta. Queremos ver as pessoas felizes, então cobramos que elas façam algum esforço para se manterem bem.
2. tem a ver com controle e coesão social. Cara feia é sinal de insatisfação e a demonstração pública desse tipo de sentimento não é bem recebida por aqueles que estão no controle de qualquer sistema social. Seja na escola, na universidade, na empresa, enfim, em qualquer sistema. Culturalmente, aprendemos a cobrar dos outros e de nós mesmos expressão de satisfação porque alguns temem a tensão, o desequilíbrio, o contraste, o questionamento. Cara feia talvez seja a linguagem corporal que mais represente a mensagem de "quero mudança". E mudança pode ser algo arriscado para alguns. Além disso, se eu demonstrar insatisfação posso ser excluído do grupo e o ser humano não suporta rejeição. Então, rostinhos felizes. Se eu não suporto essa pressão para parecer contente, faço questão de montar um perfil num site de relacionamento bem deprê, escancarado. A cara feia, a cara triste, então, simboliza um ato de protesto, de subversão. Algo como dizer: "que se dane sua vontade de me ver feliz."
Ok, minha querida, pode ficar com essa carinha feia mesmo.
Duas horas depois eu olho para a mesma foto, e agora com o automático desligado, me pergunto: "porque ela deveria aparentar alegria quando não sentia?". Por que sempre temos que parecer felizes? Por que a expressão de tristeza ou desânimo é tão rejeitada em nossa sociedade?
Pensei em duas hipóteses:
1. devido a um sentimento altruísta. Queremos ver as pessoas felizes, então cobramos que elas façam algum esforço para se manterem bem.
2. tem a ver com controle e coesão social. Cara feia é sinal de insatisfação e a demonstração pública desse tipo de sentimento não é bem recebida por aqueles que estão no controle de qualquer sistema social. Seja na escola, na universidade, na empresa, enfim, em qualquer sistema. Culturalmente, aprendemos a cobrar dos outros e de nós mesmos expressão de satisfação porque alguns temem a tensão, o desequilíbrio, o contraste, o questionamento. Cara feia talvez seja a linguagem corporal que mais represente a mensagem de "quero mudança". E mudança pode ser algo arriscado para alguns. Além disso, se eu demonstrar insatisfação posso ser excluído do grupo e o ser humano não suporta rejeição. Então, rostinhos felizes. Se eu não suporto essa pressão para parecer contente, faço questão de montar um perfil num site de relacionamento bem deprê, escancarado. A cara feia, a cara triste, então, simboliza um ato de protesto, de subversão. Algo como dizer: "que se dane sua vontade de me ver feliz."
Ok, minha querida, pode ficar com essa carinha feia mesmo.
assim nem assusta
Talvez uma coisa que eu jamais vou compreender nessa vida, seja a preocupação da mulher com a vaidade depois de morta. Ela disse: "tomei o frasco de chumbinho, mas antes tomei banho, me vesti e me penteei porque não queria ficar uma defunta feia".
Como alguém pode se preocupar com a reação dos outros quanto à aparência justamente numa experiência que não vai viver? Sinceramente acho muito estranho.
Já há alguns anos eu vinha pensando sobre o sentido da vaidade para a mulher. Quanto mais vivo, mais me convenço de que mulher e vaidade são uma coisa só e de que não existiria uma coisa sem outra. Caso ocorra de não haver vaidade na mulher, não existiria mulher, mas qualquer outro tipo de criatura humana. Tubo bem, dizem que não há natureza humana. Pouco importa. Se é um padrão recorrente desde os primórdios da humanidade, inventemos outro nome qualquer. O fato é que de algum modo faz parte. Claro que existe toda uma estimulação cultural, principalmente numa sociedade de consumo, de hipervalorização da estética. Mas creiam, está no gene. Não vou provar. Apenas creiam. Como diria minha avó, "tá no sangue". Parece-me que entre as mais diversas civilizações se consagrou que o homem obteria o que quisesse pela força, pela coragem, pela inteligência. À mulher, colocada num segundo plano, não restaria outra arma a não ser enfeitiçar o homem pela beleza. Se graça nenhuma tivesse, pobre moça. Algumas dizem que se embelezam para si mesmas. Não acredito. Concordo com William James quando disse que o desejo mais profundo do ser humano é se sentir importante. E para que o ser humano se sinta importante é preciso, como já disse John Powell, que ele veja "seu valor refletido no olhar do outro". O outro, sempre vai nos completar como humanos, como existência. Vejo minhas sobrinhas pequeninas se preocupando tanto com a aparência. Se um homem falar que uma mulher é feia ela não vai esquecer isso pelo resto da vida.
Mas não entendo como isso pode ocorrer de forma póstuma. Não entendo. Plenamente não entendo. Pra mim, será sempre um mistério.
Como alguém pode se preocupar com a reação dos outros quanto à aparência justamente numa experiência que não vai viver? Sinceramente acho muito estranho.
Já há alguns anos eu vinha pensando sobre o sentido da vaidade para a mulher. Quanto mais vivo, mais me convenço de que mulher e vaidade são uma coisa só e de que não existiria uma coisa sem outra. Caso ocorra de não haver vaidade na mulher, não existiria mulher, mas qualquer outro tipo de criatura humana. Tubo bem, dizem que não há natureza humana. Pouco importa. Se é um padrão recorrente desde os primórdios da humanidade, inventemos outro nome qualquer. O fato é que de algum modo faz parte. Claro que existe toda uma estimulação cultural, principalmente numa sociedade de consumo, de hipervalorização da estética. Mas creiam, está no gene. Não vou provar. Apenas creiam. Como diria minha avó, "tá no sangue". Parece-me que entre as mais diversas civilizações se consagrou que o homem obteria o que quisesse pela força, pela coragem, pela inteligência. À mulher, colocada num segundo plano, não restaria outra arma a não ser enfeitiçar o homem pela beleza. Se graça nenhuma tivesse, pobre moça. Algumas dizem que se embelezam para si mesmas. Não acredito. Concordo com William James quando disse que o desejo mais profundo do ser humano é se sentir importante. E para que o ser humano se sinta importante é preciso, como já disse John Powell, que ele veja "seu valor refletido no olhar do outro". O outro, sempre vai nos completar como humanos, como existência. Vejo minhas sobrinhas pequeninas se preocupando tanto com a aparência. Se um homem falar que uma mulher é feia ela não vai esquecer isso pelo resto da vida.
Mas não entendo como isso pode ocorrer de forma póstuma. Não entendo. Plenamente não entendo. Pra mim, será sempre um mistério.
amanhã
ontem à noite, pela primeira vez na minha vida, eu senti uma alegria estranha ao abrir minha página do orkut.
parecia que todo mundo tava feliz
As fotos dos amigos não pareciam figurinhas vencidas que serviam apenas para dar clicada. Naquele momento, pareciam rostinhos felizes.
Achei incrível um ser humano se sentir "feliz" diante de uma página do orkut. Foi aí que bateu aquele medo. Será um sinal de que amanhã vou morrer?
Fiz logo logout para afastar a urucubaca e fui ler uns blogs perdidos por aí.
Outro dia eu estava pensando: quando eu morrer, meu blog também vai morrer? Bem, devem existir coisas mais importantes para se preocupar num momento desse. Mas, poxa, eu gosto dele. Gostaria que alguém continuasse. Mas quem seria a vítima? Quem se arriscaria à atividade tão insana?
Bem, aprecio todos os escritores listados em meu blogroll. Mas, e SE eu pudesse escolher um, eu escolheria Aline. Não quero justificar demais. Apenas dizer que ela é inteligente e tem muito coração.
20 de julho de 2009
mãe e pai
conheci uma moça que não tem pai nem mãe. não é o mesmo que dizer "não tem pais". uma coisa é o pai, outra a mãe. absolutamente distintos.
bem, ela não tem pai, nem mãe, nem irmãos. mora com uma tia "emprestada".
primeiro morreu o pai, depois a avó, depois a mãe.
a mãe morreu de edema pulmonar "em meus braços", no caminho para o hospital.
do pai não teve amor. nunca a reconheceu. quando morreu, "não senti falta".
disse que doía muito não ter nome de pai na carteira de identidade. "aquilo, aquele espaço em branco na minha carteira eu não conseguia aceitar".
"quando criança, meu Deus, como eu era boba! eu dizia: mãe, compra um pai pra mim?!".
o que é a vida?
"é para ser vivida a cada instante"
o que é a morte?
"é uma coisa horrível "
bem, ela não tem pai, nem mãe, nem irmãos. mora com uma tia "emprestada".
primeiro morreu o pai, depois a avó, depois a mãe.
a mãe morreu de edema pulmonar "em meus braços", no caminho para o hospital.
do pai não teve amor. nunca a reconheceu. quando morreu, "não senti falta".
disse que doía muito não ter nome de pai na carteira de identidade. "aquilo, aquele espaço em branco na minha carteira eu não conseguia aceitar".
"quando criança, meu Deus, como eu era boba! eu dizia: mãe, compra um pai pra mim?!".
o que é a vida?
"é para ser vivida a cada instante"
o que é a morte?
"é uma coisa horrível "
19 de julho de 2009
Pombo, mendigo e francesinho (momento literário)
Gotículas d’água misturadas à areia escorriam por entre as pedras desencontradas que formavam o chão da Praça Municipal. Lama. Nas escadas do antigo Palácio do Governo, um homem de cara embrutecida, encardida, sustentando um bigode preto e espetado, observava com um olhar morto o movimento colorido dos turistas que por ali passavam. Meninos pediam esmolas de dez ou vinte centavos para comer. Uma mulher na calçada, já na esquina da rua Chile, puxava um peito murcho para dar de mamar ao filho grudento e barrigudo. Acho que estava doente. Um velho baixinho, com poucos dentes, mas risonho, vendia picolé. Próximo ao Elevador Lacerda uns hippies vendiam brincos, colares e pulseiras. Fui até próximo à lanchonete. Lá, vi uma italiana gorda, cheia de colares, de bochechas coloridas revirando a bolsa à procura de algo que não consegui descobrir o que era.. Ao lado, duas crianças: uma menina e um menino, ambos francesinhos, branquinhos, loirinhos, de olhos azuis e bochechas rosadas sorviam seus deliciosos sorvetes de cajá e morango, suponho. Do outro lado, sentado, um casal de namorados. Num ato descuidado, a moça deixou sua blusa manchar pelo sorvete. O namorado levantou-se rapidamente a fim de tomar as providências necessárias para reparar o dano, pois a moça ficara muito constrangida com aquela situação. Um menino pretinho, pés no chão, cabelo enroladinho, dentes cheios de cárie, olhos esbugalhados, acompanhava a cena, empinando a barriga para frente que ajudava a sustentar a tabuleta dos queimados que vendia. Ali por perto, uma jovem paulista bem vestida, branca, cabelos lisos, bolsa de couro, perfeitamente maquiada, contava com suas unhas muito bem pintadas seus fios de cabelo enquanto esperava o namorado voltar da lanchonete. Havia turistas de todas as nacionalidades. Italianos, franceses, americanos, japoneses, argentinos, com também do Brasil. A maioria carregando suas máquinas fotográficas para lá e pra cá. Algumas senhoras, algumas, repito, olhavam pra aquelas crianças pobres com olhares meio espantados. Aquelas criaturinhas eram muito diferentes de seus netos... Escorei-me na mureta que dá de frente para a Baía de Todos os Santos. Lá em baixo, os casarões velhos da Ladeira da Montanha, o Mercado Modelo, os ônibus e as pessoas minúsculas. De lá de cima tudo é minúsculo e podemos dominar aquelas águas azuis e tranqüilas sempre lindas e alcançar com as pálpebras a ilha de Itaparica. Soprava um vento ameno de final de tarde. Olhei para a Câmara Municipal e lembrei de um movimento de estudantes há uns dois anos atrás, que protestavam contra o aumento das passagens de ônibus. Enquanto os policias caminhavam rumo à escadaria da Câmara, os estudantes cantavam: “Marcha soldado cabeça de papel, quem não marchar direito vai preso no quartel...” Mas não demorei muito com essas lembranças. Logo, voltei a atenção para o outro lado onde os pombos realizavam sua trajetória de sempre: Vinham até o chão da praça comer depois subiam ao cume do antigo Palácio do Governo. Desciam e subiam. Mais à frente, a praça Tomé de Souza. Lá o chafariz divertia as crianças. Os velhos e os guardas arrastavam seus pés e barrigas. Sentada de pernas cruzadas num banco e com um vestido cor-de-rosa desbotado, uma prostituta velha, magricela e aparentemente faminta, tragava um cigarro fedorento. Quase no centro da praça, o busto do bispo Sardinha. Toda vez que o vejo, me vem à cabeça inevitavelmente a cena cruel de sua morte: há uma versão da história que diz que o bispo fora vítima do canibalismo dos índios. Até hoje não se sabe a verdadeira estória. Mas o fato é que não há dia em que eu pise ali e não me venha à mente a imagem do bispo sendo devorado pelos índios...Na ladeira do pelourinho, sentados em frente à entrada da antiga e primeira faculdade de medicina do Brasil, outros hippies estendiam suas toalhas de colares e brincos no chão. Desci até a Fundação Casa de Jorge Amado. Estava fechada. Voltei até a Praça Municipal e pude contemplar as mesmas cenas de sempre: os turistas coloridos e deslumbrados com as paisagens coloniais, as crianças pedindo moedas para comer, os francesinhos de bochechas rosadas, o desfile das moçoilas do sul e sudeste, os casais de namorados, os pombos subindo e descendo, os desempregados, os peitos murchos das mulheres mendigas, pretos e velhos de olhares perdidos e minguantes e o vento, o vento ameno da Praça que, de alguma forma misteriosa, conseguia tudo harmonizar.
17 de julho de 2009
16 de julho de 2009
não autorizada, via msn
Jota diz:
as pessoas acreditam nos psicólogos?
Patrícia diz:
claro, por que não? e por que não deveriam confiar?
claro, por que não? e por que não deveriam confiar?
Jota diz:
é que já ouvi algumas pessoas comentando, tipo " ah, mas o psicólogo não resolveu meu problema''
é que já ouvi algumas pessoas comentando, tipo " ah, mas o psicólogo não resolveu meu problema''
Patrícia diz:
é que as pessoas querem resultados imediatos, não entendem que cada um é singular com caracteristicas diferentes. As pessoas querem receita de bolo. Pensam que somo mágicos, que vamos resolver os problemas delas de um dia para o outro. Mas, não enxergam que, muitas das vezes, os seus problemas não se resolvem por culpa delas mesmas, que não conseguem enxergar o óbvio, mesmo nós psicólogos orientando e mostrando os caminhos para a melhora. É muito complicado...
é que as pessoas querem resultados imediatos, não entendem que cada um é singular com caracteristicas diferentes. As pessoas querem receita de bolo. Pensam que somo mágicos, que vamos resolver os problemas delas de um dia para o outro. Mas, não enxergam que, muitas das vezes, os seus problemas não se resolvem por culpa delas mesmas, que não conseguem enxergar o óbvio, mesmo nós psicólogos orientando e mostrando os caminhos para a melhora. É muito complicado...
Jota diz:
você está dizendo que as pessoas têm dificuldade de enfrentar a verdade?
você está dizendo que as pessoas têm dificuldade de enfrentar a verdade?
Patrícia diz:
isso mesmo, muita dificuldade, aí fica um impasse, e não conseguem resolver os seus problemas. Aí é mais fácil culpar os psicólogos. É a fuga da realidade e transferência da culpa de ser incapaz em resolver seu próprio problema. É bem menos doloroso quando transferimos a responsabilidade de algo para alguém.
isso mesmo, muita dificuldade, aí fica um impasse, e não conseguem resolver os seus problemas. Aí é mais fácil culpar os psicólogos. É a fuga da realidade e transferência da culpa de ser incapaz em resolver seu próprio problema. É bem menos doloroso quando transferimos a responsabilidade de algo para alguém.
Jota diz:
a maioria de seus pacientes resolvem?
a maioria de seus pacientes resolvem?
Patrícia diz:
sim, por que não? O meu trabalho é mostrar onde estão errando, e mostro mesmo, mesmo que seja doloroso para a pessoa. Quando alguem começa uma terapia, nos primeiros encontros já digo que irão me amar e me odiar ao mesmo tempo. Às vezes falo coisas que a pessoa não quer ouvir, porque pensa que não está preparada, mas no fundo todos estamos preparados para ouvir aquilo que queremos. É só trabalhar um pouco isso na cabeça.
sim, por que não? O meu trabalho é mostrar onde estão errando, e mostro mesmo, mesmo que seja doloroso para a pessoa. Quando alguem começa uma terapia, nos primeiros encontros já digo que irão me amar e me odiar ao mesmo tempo. Às vezes falo coisas que a pessoa não quer ouvir, porque pensa que não está preparada, mas no fundo todos estamos preparados para ouvir aquilo que queremos. É só trabalhar um pouco isso na cabeça.
Jota diz:
acho que as pessoas confundem o papel do psicólogo com o do médico. Vão ao médíco, recebem uma receita, vão à farmácia e pronto.
acho que as pessoas confundem o papel do psicólogo com o do médico. Vão ao médíco, recebem uma receita, vão à farmácia e pronto.
Patrícia diz:
justamente. Não possuimos fórmulas nem receitas. Mas...............fazer o que...faz parte
justamente. Não possuimos fórmulas nem receitas. Mas...............fazer o que...faz parte
Jota diz:
existem problemas dificeis ou pessoas dificeis?
existem problemas dificeis ou pessoas dificeis?
Patrícia diz:
com certeza pessoas. Os problemas são elas que complicam.
com certeza pessoas. Os problemas são elas que complicam.
14 de julho de 2009
é assim
tem uns homens que jogam dominó toda noite aqui na esquina da rua
eles jogam dominó sob a luz amarela e fraca do poste
toda noite eles jogam dominó
faz dois anos que moro nessa rua
e toda noite eles jogam dominó
são os mesmos homens
sem camisa, falando alto, dando gargalhadas, batendo forte na mesa
usam a mesma mesa, os mesmos bancos, sentam nos mesmos lugares
quase sempre as mesmas estórias
toda noite é assim
não importam as muriçocas nem as crianças correndo e gritando na rua
não importam o jornal, a mulher, o café
toda noite o dominó
ali, parecem não se preocupar com a vida
só com a vida que é diversão, gargalhadas e bons palavrões
tem o alemão, o gordo, o careca, o pequeno e o cabeça branca
sempre os mesmos
no mesmo horário
toda noite eles jogam dominó
8 de julho de 2009
em busca da felicidade
Professor!
estou preocupado. entrei hoje no suporte e consta lá que eu fui REPROVADO por FALTA!! deve ter ocorrido algum erro no sistema, porque tenho certeza que não faltei tanto assim.... como podemos ver isso?
R= Que faltou tanto assim, faltou, mas "como sou gente boa" tinha controlado sua faltas para não ser reprovado por falta. Não sei porque.....Mas, vou procurar saber o que aconteceu. Pelo meu controle voce teve aprovação "direta".
Prof. Tomm
***
Tomm é um de meus professores preferidos. Não por esse motivo, óbvio...É que ele é gente boa mesmo. É um americano gordo e quase rosa que vive há 30 anos no Brasil. Diz que veio pra aqui porque acredita no futuro do Brasil. Ai, ai... Adora a Bahia e acha que fala bem baianês.
Bem, pelo menos de jeitinho brasileiro...
3 de julho de 2009
afinal
2 de julho de 2009
that's ok, man
Já disseram que é possível criar o perfil psicológico de um indivíduo através de suas comunidades no Orkut. A seguir, 56 motivos para me internar:
.
Eu abro a geladeira pra pensar
Eu tenho uma teoria
Não fui eu, foi meu Eu lírico
Vejo humor onde não tem
Eu Falo Sozinho
Por que eu sou pobre?
Eu acordo Morrendo de sono
Não sei demonstrar interesse
Metodologia para bobagens
Insanidade Construtiva
Exemplifico expondo os outros
Criticando críticos de cinema
Pânico de perguntas pessoais
Revolucionários preguiçosos
Eu acho legal respirar
Eu olho para o nada
Diálogos metalinguísticos
Eu cresci assistindo pica-pau
Eu tenho preguiça e sou feliz
Só me ligam por engano
Só durmo depois da meia-noite
Eu penso na morte da bezerra
Não entendi mas foi engraçado
Num lembro
Pessoas densas
Quero fugir pro México
Mania de perseguição cognitiva
Sem cerimônia para tragédias
Elaboro planos impossíveis
Depressão pós filme
Surpreendo-me com obviedades
Tenho medo de andróginos
Pânico de movimentos bruscos
Suscito dúvidas quando não deveria
Só durmo com o armário fechado
Rindo, pareço sério
Multi-expressão facial
Eu não escuto sem óculos
Hoje acordei meio literário
Empobreço aliviando dívidas
Sou um fracasso como romântico
Eu analiso as pessoas
Eu Gosto Mesmo é de Cuscuz
Frustro-me na internet
Nunca fiz amigos bebendo Leite
Não sei dar informação
Disfarço assuntos com risadas
Culpando a sociedade
Eu Odeio Fila
Não tenho senso de direção
Pareço Abraham Lincoln
Eu tinha medo do tio QUAKER!
Eu não sei me localizar
Eu tenho uma teoria
Não fui eu, foi meu Eu lírico
Vejo humor onde não tem
Eu Falo Sozinho
Por que eu sou pobre?
Eu acordo Morrendo de sono
Não sei demonstrar interesse
Metodologia para bobagens
Insanidade Construtiva
Exemplifico expondo os outros
Criticando críticos de cinema
Pânico de perguntas pessoais
Revolucionários preguiçosos
Eu acho legal respirar
Eu olho para o nada
Diálogos metalinguísticos
Eu cresci assistindo pica-pau
Eu tenho preguiça e sou feliz
Só me ligam por engano
Só durmo depois da meia-noite
Eu penso na morte da bezerra
Não entendi mas foi engraçado
Num lembro
Pessoas densas
Quero fugir pro México
Mania de perseguição cognitiva
Sem cerimônia para tragédias
Elaboro planos impossíveis
Depressão pós filme
Surpreendo-me com obviedades
Tenho medo de andróginos
Pânico de movimentos bruscos
Suscito dúvidas quando não deveria
Só durmo com o armário fechado
Rindo, pareço sério
Multi-expressão facial
Eu não escuto sem óculos
Hoje acordei meio literário
Empobreço aliviando dívidas
Sou um fracasso como romântico
Eu analiso as pessoas
Eu Gosto Mesmo é de Cuscuz
Frustro-me na internet
Nunca fiz amigos bebendo Leite
Não sei dar informação
Disfarço assuntos com risadas
Culpando a sociedade
Eu Odeio Fila
Não tenho senso de direção
Pareço Abraham Lincoln
Eu tinha medo do tio QUAKER!
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