13 de dezembro de 2009

menos com rimel

Dos tempos da Grécia antiga até tempos recentes, acreditava-se que beleza e feiura não existiam. Esses conceitos dependiam da cultura de uma época. Há poucos anos atrás uma equipe de cientistas de algum país que não lembro, provavelmente europeu, chegou à conclusão de que beleza existia sim. Era uma questão biológica que poderia ser definida independente da cultura. Pra mim, não é uma questão cultural nem biológica, mas simplesmente de contexto. Drauzio Varella, por exemplo, seria lindo no desfile dos bonecos de Olinda. Ronaldinho Gaucho não seria feio na lavagem de Itapuã. Se as meninas prestassem mais atenção a isso, acho que gastariam menos com rimel.

interessa me

Não sei porque o Fantástico ainda existe. Já escrevi alguma coisa engraçadinha sobre o tema no Twitter. Poucas palavras...
Eu não gosto, por exemplo, quando Zeca Camargo fala coisas do tipo: "vamos falar agora sobre um assunto que interessa a mais de 30 milhões de brasileiros"
E alguém grita da cozinha: "não muda de canal!"

Sundown Kids Uva

Hoje talvez tenha sido um dia divertido para Guilherme, meu sobrinho de 2 ou 3 anos, I'm sorry.
Ele derramou um frasco quse todo de bloqueador solar sobre o corpo e aproveitou pra beber um pouquinho. Ok, tudo que ele vê pela frente ele coloca na boca. Mas, nesse caso, dá para entender porque era sabor uva.
Só uma criança de 2 ou 3 anos para me fazer entender porque uma empresa resolve produzir um bloqueador solar sabor de alguma coisa.
Ele não reclamou.

contagioso

Há musicas que decidem morar em nossas cabeças. Elas entram e não querem sair mais. Todos os dias elas fazem de nossos neurônios bateria e cordas de guitarra.

Pra quem quiser ouvir e baixar>> aqui

11 de dezembro de 2009

sem permissão

O colar da menina caiu na praia e o mar levou. Era uma noite fria de reveillon na praia de Stella Maris, há dois ou três anos atrás.
Eu, percebendo o olhar meio aflito da criança, me virei e disse: deixa pra Iemanjá!
Imediatamente a menina e a avó, que tinha ares da rainha Elizabeth II, voltaram-se pra mim e deram um sorriso curto daqueles que quebram a tensão da região entre as sobrancelhas. Olharam-me confusas, sem saber se era normal Iemanjá levar de vez em quando, sem permissão, jóias de meninas ricas, ou se aquilo significava um atentado natural ao direito soberano à propriedade privada.
A menina, talvez querendo conformar-se, ainda repetiu baixinho pra si: deixa pra Iemanjá!
Olhei para o céu para ver os últimos fogos enquanto a menina arrastava os pés descalços na areia fofa de volta pra casa.

ainda não

Eu não morri.