5 de junho de 2009

É uma pássaro? É um avião?

Não. É o super Jobim.

Não sei exatamente qual título daria a esse post. Então vamos aos fatos para ver se clareia.

Fato 1: "A imprensa francesa criticou a precipitação das autoridades brasileiras (Nelson Jobim, ministro da defesa) em confirmar a origem das peças encontradas na área em que o Airbus teria caído".

Fato 2: " O ministro Joaquim Barbosa acusou o presidente do STF (Gilmar Mendes) de estar destruindo a credibilidade da Justiça brasileira".

Como a maioria deve lembrar, Nelson Jobim já foi presidente do Supremo Tribunal Federal. Isso significa que ele já tem experiência na função, de modo que não haveria problemas em ele retornar para desempenhá-la. Com um despacho só, resolvemos então dois graves problemas institucionais brasileiros: Convidamos Gilmar Mendes para sair às ruas de uma vez por todas, ao mesmo tempo em que enfraquecemos o ânimo das autoridades brasileiras de querer parecer competente diante dos olhos estrangeiros, até mesmo quando se trata de um fato invisível. Ninguem viu, ninguem sabe, mas Jobim tem certeza.

Jobim foi chamado pelo presidente Lula para assumir o ministério da Defesa no auge da crise aérea. Pelo visto, a experiência adquirida nessa fase foi suficiente para que o ministro, agora, chegasse a conclusões, com base em sua imaginação, sobre questões puramente técnicas da alçada da FAB. Um giro de holofotes, please! O que temos até agora é o sumiço de um avião, mas o governo de tão eficiente, já tratou logo de antecipar publicamente sua qualidade de atrapalhado, quando poderia esperar, sem custo de imagem, por um motivo concreto mais adiante que, com sorte, poderia nem surgir. Parece que o ministro pensou: ora, não basta o sumiço de um avião, precisamos inventar uma crise aérea.

Fiquei em dúvida então se o título do post seria: "Super-Jobim, o retorno" ou "Contra a crise aérea e a crise na Justiça, volta Jobim"

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